Em 1919, Edith Clarke se tornava
a primeira engenheira eletricista do mundo. Formada pelo Instituto de
Tecnologia de Massachusetts (MIT), Clarke contribuiu, poucos anos depois, para
a resolução de problemas em linhas de transmissão de energia, patenteando a
solução com sua calculadora gráfica. No Brasil, em 1950, Maria Luiza Soares
Fontes, se tornou a primeira mulher engenheira eletricista do país, recebendo
sua diplomação das mãos do então presidente Juscelino Kubitschek. Hoje, após
esforços pela representatividade que foram iniciados há 100 anos por Clarke e
continuados por Maria Luiza, diversas mulheres contribuem diariamente para o
desenvolvimento de toda a sociedade por meio da energia elétrica, inclusive no
Grupo Neoenergia.
Como parte dos 17
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização
das Nações Unidas (ONU) e assinados pelo Grupo Neoenergia, a busca pela
equidade de gênero é um dos compromissos da companhia. Atuando em todos os
negócios do Grupo, as mulheres contribuem com sua energia desde a Geração,
passando pela Transmissão, Comercialização e chegando à Distribuição. A
presença das mulheres fortalece a importante bandeira da equidade de gênero no
mercado profissional.
É o caso, por exemplo, das
nossas quatro eletricistas que, após 100 anos da entrada da primeira
profissional no ramo da eletricidade, estão nas ruas diariamente, atuando em
proximidade com os clientes e trabalhando para que o fornecimento de energia
tenha continuidade com qualidade e segurança. Atualmente, essas mulheres estão
presentes numa das principais tarefas dentro de uma concessionária de energia
elétrica. Elas sobem em postes, entram em contato com as redes de média tensão
e ajudam a distribuir energia para os mais de seis milhões de clientes da Coelba.
Além das quatro eletricistas - número que deve aumentar até o final de
2019, quando novas eletricistas serão formadas na Escola de Eletricistas da
Coelba – as mulheres
ocupam importantes áreas da companhia, como o papel de controle operacional,
nos Centros de Operação Integrada (COI) das distribuidoras, ou como gerentes de
Relações Institucionais – onde atuam estrategicamente para aperfeiçoar o
relacionamento da empresa com a sociedade. Também temos a única diretora de
Parque Eólico no Brasil, fortalecendo a inovação da energia sustentável com a
presença da mulher.
Na Coelba desde 2017 como
gerente de Saúde e Segurança, Carla Saldanha iniciou a carreira em 2005, atuando
em um espaço majoritariamente masculino. Trabalhou com uma equipe de 56 homens,
sendo a única mulher. Sabia que a sua posição poderia ser questionada — por
causa da baixa representatividade das mulheres negras na liderança, mas também
sabia onde queria chegar e o que era necessário fazer. “Não defini meu futuro em função da minha
origem, pois a minha história ainda seria escrita. Para isso é muito importante
saber aonde quer chegar, com essa decisão, a mulher pode conquistar o que ela
desejar", destaca Carla Saldanha.
No Grupo Neoenergia elas
atuam nos mais diversos cargos, são gerentes, gestoras, diretoras,
eletricistas, técnicas, analistas e superintendentes que representam o
significado prático da frase: lugar de mulher é onde ela quiser.