Trabalhando na Neoenergia Coelba  há 15 anos, Maiana Silveira foi parte ativa da equipe responsável pela entrega do Corredor Verde – o primeiro corredor de mobilidade elétrica do Norte-Nordeste, com mais de 1.000 quilômetros de extensão, que conecta seis capitais, começando por Salvador (BA), passando por Aracaju (SE), Maceió (AL), Recife (PE), João Pessoa (PB) e terminando em Natal (RN). A estrutura do corredor verde conta com 17 postos de recarga (eletropostos) ao longo das vias que ligam os estados e áreas urbanas. Com o objetivo de impulsionar o mercado de mobilidade elétrica no país, o projeto que conta com a participação de Maiana garantiu outro ineditismo: a criação de uma modelagem de precificação do quilowatt hora nos eletropostos.

“Esse foi um dos nossos desafios no desenvolvimento do projeto e conseguimos alcançar com êxito. Uma contribuição direta para a mobilidade elétrica em nosso país. O Corredor Verde tem como proposta contribuir para a viabilidade deste modal e parte disso foi pensar, também, na precificação da energia nos eletropostos, para além da disponibilização da energia”, explica Silveira.

O desafio estava na recepção por parte de pares e de outros profissionais do setor elétrico. Um obstáculo que só quem trabalha com inovação, conhece muito bem. “Grande parte do nosso trabalho propõe uma ruptura do que é usual, e isso traz situações mais desafiadoras, que buscamos ultrapassar com muita pesquisa e projetos experimentais”, ressalta.

As mulheres são uma parte fundamental do processo de inovação por diversas razões. Principalmente porque elas possuem perspectivas e experiências únicas que podem trazer novas ideias e soluções para os desafios enfrentados pelas empresas e pela sociedade em geral. No entanto, elas ainda não são maioria neste segmento. A técnica em eletrotécnica da Neoenergia Coelba, Janine Dórea, já foi a única mulher em uma mesa com a presença de 12 outros profissionais.

Essa é uma realidade, mas apesar da presença ainda tímida, as mulheres têm atuado com destaque. Isso porque a diversidade de gênero em equipes de inovação é um fator importante para o sucesso. Prova disto foi a atividade de Dórea, durante a etapa de gestão da mudança do Godel Smart Sensor – projeto pioneiro de P&D realizado pela companhia na Bahia e que hoje já ganhou o mercado. O modelo de sensor inteligente para redes de média tensão, até 34,5 kV, teve a sua comercialização iniciada em 2016, e Janine participou ativamente dele, acompanhando as instalações dos equipamentos na rede elétrica, e os primeiros resultados. Hoje, já existem mais de 14 mil sensores inteligentes instalados na Neoenergia.

Há mais de cinco anos dedicada a projetos de pesquisa e desenvolvimento, Dórea sabe a importância do seu trabalho, principalmente como inspiração para outras mulheres. “Tenho orgulho e sou grata por trabalhar com inovação, ter a possibilidade de desenvolver minhas habilidades e criatividade em projetos que trarão mais do que a eficiência ou otimização de um processo, mas também benefícios a sociedade, em uma perspectiva que ainda não tínhamos”, finaliza.